top of page
O corte livre como estratégia contemporânea de projeto: Rem Koolhaas (1978-1999)

Esta dissertação procura, a partir da articulação da produção teórica e prática de Rem Koolhaas em um recorte delimitado de 1978 a 1999, apontar os conceitos definidores do corte livre, estratégia recorrente em sua produção. O trabalho parte de comentários referentes ao projeto em arquitetura, seus processos e estratégias relacionados à importância da representação gráfica na prática projetual. Em seguida, trata o desenvolvimento do raciocínio da planta livre corbusiana para o corte livre de Koolhaas, que registra e se estabelece como paradigma para se pensar não somente as relações verticais inerentes ao edifício, mas estende-se para as relações do edifício com a paisagem e o ambiente construído. Para tanto, foram desenvolvidas análises de projetos por meio da compilação de peças gráficas, do redesenho e da modelagem computacional, quando necessários, que foram cruzadas com trabalhos desenvolvidos por autores como Rafael Moneo e Peter Eisenman, possibilitando novas leituras que apontam o corte livre como um instrumento protagonista da invenção na arquitetura. Em sua parte final, apresenta a análise de oito projetos desenvolvidos pelo Office for Metropolitan Architecture, demonstrando por meio de peças gráficas, como o corte pode abandonar seu status de simples ferramenta gráfica representacional para ser considerado uma estratégia de projeto, possibilitando novas formas de interação entre o edifício e a metrópole contemporânea.

Duas bibliotecas em Jussieu: Rem Koolhaas e o corte livre

Este artigo apresenta uma análise do projeto de duas bibliotecas em Jussieu (Paris, 1992) desenvolvido por Rem Koolhaas e o “Office for Metropolitan Architecture” buscando extrair os conceitos definidores do corte livre, tema recorrente em sua produção teórica e projetual. Para tanto, foram desenvolvidas novas peças gráficas a partir do redesenho e da modelagem computacional, que cruzadas com trabalhos desenvolvidos por outros autores, como Rafael Moneo e Peter Eisenman, possibilitaram novas leituras que apontam o corte como o local da invenção na arquitetura contemporânea, conforme considerado por Koolhaas. O trabalho parte de comentários referentes a processos projetuais e a importância da representação gráfica em arquitetura. Em seguida, trata o desenvolvimento do raciocínio da planta livre corbusiana para o corte livre de Koolhaas, que propõe um novo paradigma para se pensar não somente as relações verticais internas ao edifício, mas estende-se para as relações do edifício com a paisagem e o ambiente construído. Em sua parte final, apresenta a análise do projeto para duas bibliotecas em Jussieu, demonstrando através das peças gráficas desenvolvidas através do redesenho, como a ferramenta projetual do corte livre possibilita novas formas de interação entre o edifício e a metrópole contemporânea.

Procedimentos Projetuais: O diagrama na arquitetura contemporânea holandesa

A presente pesquisa aborda o conceito da arquitetura diagramática, enquanto metodologia, ou seja, uma forma de se abordar a atividade da concepção projetual em arquitetura e urbanismo. Essa metodologia se baseia em diagramas abstratos sendo fortemente vinculada à produção contemporânea que visa responder a complexidade a qual nos deparamos no mundo globalizado. A pesquisa parte da caracterização e conceituação do termo diagrama, embasado em questões alheias a arquitetura como a linguística, a semiótica segundo Charles Sanders Peirce e a filosofia como a máquina abstrata de Gilles Deleuze e Felix Guattari baseada na análise de Michel Foucault sobre o Panóptico, para então em seguida tratar de sua aplicabilidade na concepção de projetos em arquitetura e urbanismo, tendo como foco principal a produção arquitetônica holandesa, fortemente vinculada ao uso de diagramas. São analisados três projetos de três escritórios de grande representatividade no panorama contemporâneo mundial, sendo eles: OMA, MVRDV e UNStudio, tentando entender porque a Holanda se destacou no cenário mundial da produção diagramática e tentando responder questões levantadas pelo arquiteto e historiador espanhol Josep Maria Montaner sobre a metodologia diagramática em arquitetura, no livro que influenciou essa pesquisa: Del diagrama a las experiencias, hacia una arquitectura de la acción publicado em 2015.

Estratégias Projetuais: A relação cidade-água em Florianópolis

Esse trabalho é o resultado de uma reflexão a respeito do desenvolvimento da cidade de Florianópolis e suas relações, usos e ocupações, que ela desenvolve junto a sua frente marítima, tendo como recorte geográfico para a área de intervenção a baía sul, no Estreito, entre o continente e a ilha. Por meio de levantamento histórico e mapeamento da cidade baseado em parâmetros e indicadores, e utilizando de uma metodologia de estratégias projetuais é possível realizar o seguinte ensaio: a projeção do desenvolvimento da baía sul da ilha de Florianópolis, resultando na criação de um possível cenário futuro visando uma melhor ocupação de sua frente marítima. Por fim é apresentado um exercício projetual, englobando essas questões tratadas nesse trabalho, resultando em uma especulação arquitetônica que visa articular tecido urbano, população, cultura e mar, sem desfazer as características inerentes ao local.

© 2025 - Lucas Damiani

bottom of page